Bazar da Assalariada

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Razões para se fazer um crédito


ATENÇÃO!!!
Antes de mais nada esta é a MINHA opinião HOJE! Vale o que vale e, claro, que  pode mudar! J
 
Há dias dei por mim a pensar: se fizesse um crédito porque motivo o faria?

Se olharmos à nossa volta facilmente encontramos pessoas que pagam contas recorrendo ao cartão de crédito. Aliás, isso tornou-se uma tal moda, que quem usa cartão de débito, dinheiro ou paga valores mais altos a pronto é olhado com estranheza (já me aconteceu!). E nos últimos anos o cartão de crédito passou, inclusivamente, a servir para pagar bens essenciais, como a alimentação. Eu acho isso muito preocupante.

Eu nunca tive um cartão de crédito. Nunca tive de lidar com uma fatura dessas, por isso é uma experiência da qual não posso falar. Também não sei os motivos que levam as pessoas a recorrer a eles. Apenas sei os motivos que me levam a não tê-los: o facto o dinheiro não ser meu, que me custa muito caro (juros) e o facto de não ter sido habituada a vê-los lá por casa, sempre me levou a fugir deles (como o diabo foge da cruz).

No entanto, uma vez que não nado em dinheiro, há muito que defini três situações válidas para recorrer a um crédito:

Uma doença
Ao contrário do que muitas vezes dizemos, em Portugal temos um bom sistema de saúde. Vejam os EUA que senão tiverem seguro de saúde não têm acesso a saúde. Aqui não ter dinheiro não invalida que não tenhamos acesso a ela. Aliás, há situações em que temos tudo a custo zero. E falo tanto de tratamentos, consultas, como medicação (falem com um doente oncológico seguido num IPO e verão do que falo. Perceberão que nem sempre os nossos impostos são em vão).

Mas podemos querer optar por ir para o privado e aí é preciso dinheiro. Recorrer a um cartão de crédito pode ser uma opção, caso as poupanças não chegassem e tivesse terminado o plafond do sub-sistema/seguro de saúde. Mas só em último caso, mesmo. Mesmo assim acho que preferia ficar sem poupança e pedir a um familiar antes de ir ter com um banco. ;-)

Um carro
Neste caso considero que é sempre possível juntar o dinheiro e comprá-lo a pronto. No entanto, acidentes acontecem e numa emergência e não havendo tempo suficiente para juntar o valor e se o carro fosse realmente um bem de primeira necessidade para a família recorreria a um crédito.

Contudo teria as minhas condições:

- a prestação teria de caber perfeitamente no meu orçamento e ser manejável (ou seja, poder antecipar o pagamento da totalidade do crédito);

- o crédito não deveria ser a totalidade do valor a pagar pelo carro, ou seja, tentaria dar, pelo menos, 50% do valor a pagar;

- compraria um carro 0Km e o carro dos meus sonhos. Isto porque se teria de recorrer a um crédito nunca o faria para algo que durasse menos que o crédito, ou seja, para mim é inconcebível fazer um crédito para umas férias, por exemplo. Andar anos a pagar umas férias de 8 dias não dá para mim. Sem dúvida que poupava o dinheiro e então iria de férias.

No caso do carro optaria por um 0km (mesmo com a desvalorização e afins) porque iria fazer de tudo para que o carro durasse três vezes mais que o crédito nas minhas mãos, ou seja, imaginando que fazia um crédito a cinco anos, eu só pensaria em trocar novamente de carro quando este já tivesse mais de 15 anos. Desta forma, amortizava duas vezes o crédito, justificando-o. Claro que se fosse uma pessoa que passasse a vida a trocar de carro pensaria antes no renting, e não na compra. Eu não faria, por exemplo, um crédito para comprar um carro usado, mesmo que fosse recente.
 
Uma casa

Esta hipótese acho que é a mais consensual de todas. É certo que há sempre a hipótese do aluguer, mas dado que vivemos num país onde a prestação ao banco é mais baixa que uma renda a um senhorio e como sempre achei que uma casa é património, logo é um investimento, lá há-de chegar o dia em que também eu vou pertencer ao clube dos endividados para a vida. J Como o euromilhões ainda não encontrou o caminho da minha conta bancária o crédito é a solução mais promissora.

3 comentários:

  1. Em casa dos meus pais a única divida que eles tinham era o empréstimo da casa, que já acabaram de pagar há uns 5 anos. Sempre compraram tudo a pronto mesmo que demorassem anos a juntar.

    Em minha casa, até ver, a única dívida é também a da casa. Temos um dinheiro de parte para trocar de carro daqui a uns anos, quando vier uma criança a caminho. Nunca usei cartão de crédito nem entendo o seu fundamento. Uso o dinheiro que tenho e tento geri-lo o melhor possível para dar para tudo e ainda sobrar.

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    1. Tal e qual como cá em casa. Acho que dai advém a minha aversão a créditos! :-)

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  2. Eu já fiz vários disparates em relação a créditos e cartões de crédito, de que me arrependo bastante e só agora estou a resolver (até criei um blog para isso), por isso não sou nenhuma autoridade neste assunto, mas... acho que um crédito para um carro (novo ou usado) é uma *péssima* ideia, desculpa dizer. Em termos de poupança, o ideal em relação a carros é 1) comprar usado, e 2) pagar a pronto (ou, como tive de fazer o ano passado, pedir um empréstimo de curta duração -- tipo 6 meses -- sem juros a um familiar que esteja para aí virado, e que acabo de pagar para o mês que vem).

    Quanto à questão do que vale a pena comprar a crédito? Diria as outras 2 que mencionaste (casa e emergências médicas), e uma terceira: um investimento seguro e/ou montar um negócio. Ou seja, o empréstimo seria para fazer mais dinheiro, e pagava-se a si próprio. Não, não tenho nenhum para recomendar neste momento. :)

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