Na hora de ir às compras de roupa há sempre uma pergunta que
me atormenta: compro em qualidade ou quantidade?
Confesso que muitas vezes (talvez demasiadas!!) me deixo
levar pela quantidade. Quando temos pouco dinheiro disponível e muita falta de
peças, esta acaba por ser a solução mais rápida.
No entanto, com o passar dos anos tenho percebido que nem
sempre foi a melhor opção. E é quando atinjo o pico da necessidade (como
aconteceu no passado verão!) que eu me apercebo mais disso.
No início/fim de cada estação sempre tive o hábito de “limpar”
o meu guarda-roupa. E fui-me apercebendo que as peças que ficavam de ano para
ano tinham algo em comum: eram de melhor qualidade, logo duravam mais.
Vejamos o que aconteceu no verão passado: como já aqui
contei eu passei o verão com, basicamente, 5 partes de cima que conjugava com 3
calças praticamente iguais. Logo, foram semanas sempre com a mesma roupa. E
quando chegou ao fim do verão apercebi-me que estas peças eram todas antigas,
já tinham vários anos. E que ao longo desses anos foram as únicas que se mantiveram.
Este ano não foi o caso que acabei por não comprar nenhuma peça, mas nos outros
anos as peças compradas, chegando ao fim da estação iam para o lixo. E estas
peças foram ficando.
Neste processo de refresh
da minha imagem, o processo de compra talvez tenha sido o que mais mudou e onde
mais aprendi.
Aprendi coisas como:
* devemos apostar SEMPRE na qualidade. Leva mais tempo a
termos um closet ao nosso gosto, mas
acabamos por gastar menos, porque as peças que compramos, gostamos mesmo e
usamos mais.
* comprar roupa de qualidade, nem sempre implica pagar muito
por ela (por exemplo a túnica salmão da Primark custou-me 11€, já tem uns 4-5
anos e está como nova. O material é boa qualidade. Foi uma excelente compra!)
* podemos comprar barato e de qualidade em lojas ditas mais
caras (Lanidor, Massimo Dutti, Sacoor…). Só temos de esperar pelos descontos e
promoções e não ter medo de comprar para uma estação diferente da que estamos.
* não devemos ter pressa em comprar. Devemos comprar porque
gostamos, porque nos fica bem, porque nos valoriza e não porque está na moda.
* devemos apostar em peças de corte clássico e intemporal
(mesmo que nestes casos tenhamos que pagar mais um pouco). Elas são altamente
rentabilizadas porque são muito usadas já que não saem de moda.
* devemos deixar as tendências para pequenos apontamentos,
como uma écharpe, um verniz, uma pulseira ou até mesmo uma t-shirt. Ou então
deixamos que a tendência se torne um clássico e aí apostamos em algo de mais
qualidade (como aconteceu por exemplo com as camisas de ganga ou as camisas
tartan que começaram como tendência e hoje são clássicos)
* as malas e os sapatos devem ser de uma qualidade superior.
Porque são o acabamento de um look. São a diferença que marca.
* os sobretudos de inverno também devem ser de boa qualidade.
Afinal de contas vão ser uma protecção contra o frio. Devem conferir conforto e
calor.
* o conforto deve estar presente em cada peça que compramos.
Pois se queremos ser e parecer confiantes e elegantes e não sabemos andar de
saltos altos vamos transmitir tudo, menos a imagem que queremos.
* não é só o salto alto que confere elegância ao um look.
Aliás, a elegância está nas pessoas e não no que elas vestem ou calçam. Está em
saber vestir-se adequado à ocasião, em saber tirar o melhor partido do seu
corpo, realçar as qualidades, em ser bem educada, simpática. Uma pessoa pode
estar muito bem vestida, mas se não for educada, a elegância vai toda pelo cano
abaixo.
* devemos ser nós a vestir a roupa e não o contrário.
Sem comentários:
Enviar um comentário