Bazar da Assalariada

segunda-feira, 14 de março de 2022

diário financeiro #9: o fundo de emergência...



Como já aqui contei, 2021 terminou com um belo rombo nas minhas finanças. Pelo que um dos objetivos deste ano é recomeçar o meu Fundo de Emergência.

Nunca tive dúvidas que ter um fundo de emergência era super importante para ter umas finanças equilibradas. Contudo, no final do ano passado percebi que o valor que defini era insuficiente, tanto que tive de recorrer igualmente à poupança.

Assim sendo, o processo de recomeçar o fundo de emergência começou precisamente por reformular o valor que deveria compô-lo. 

Muitos livros, gurus de finanças, entendidos no assunto dizem que o valor do nosso Fundo de Emergência deve corresponder a pelo menos 3 meses das nossas despesas essenciais. E foi com isto em mente que criei o meu extinto fundo de emergência, que se revelou insuficiente.

Então o que eu fiz foi...

  1. em vez de ter por base as despesas essenciais passei a baseá-lo no valor-base do meu vencimento;
  2. estabeleci duas categoriais de fundo de emergência (hoje falo-vos do primeiro e num outro post falarei do segundo);
  3. criei níveis anuais para atingi-lo.
Explicando melhor, com exemplos, que podem ser facilmente adaptáveis a qualquer realidade.

Vamos supor que o meu vencimento-base é o ordenado mínimo: 705€.

O que fiz foi multiplicar esse valor por 3:
705€ x 3 meses = 2115€

Depois multipliquei por 6:
705€ x 6 meses = 4230€

Por fim, multipliquei por 12:
705€ x 12 meses = 8460€

No fim somei os três valores:
2115€ + 4230€ + 8460€ = 14805€

Para ser mais fácil arredondei para 15000€ , ou seja, o meu fundo de emergência teria de ser de 15000€.

Como este é um valor bem jeitosinho para se juntar e a vida não está fácil, o que eu fiz foi criar duas categorias no fundo de emergência: o primeiro nível corresponde a metade deste valor e ficaria na poupança; o segundo nível, os outros 50%, vai para um lugar mais inacessível e a longo prazo.

Mas mesmo assim dificilmente quem tem um rendimento de 705€ e despesas para sustentar consegue juntar estes valores num ano, então eu criei níveis anuais para ir juntando o valor necessário, como por exemplo, juntar 50€,100€, 250€, 500€ por ano, conforme seja possível. Sendo que aqui temos ainda duas hipóteses, ou começamos por nos dedicar ao valor que ficará na poupança, ou vamos levando os dois níveis ao mesmo tempo. Fica ao critério de cada um. Quanto a mim optei por levar os dois ao mesmo tempo.

É certo que vai levar tempo para atingir o valor final, mas creio que desta forma atingiremos um valor de fundo de emergência realmente confortável.

E vocês como calcularam o valor do vosso fundo de emergência?

3 comentários:

  1. Confesso que não percebi. O teu fundo de emergência será o equivalemnte a 21 meses de salário, certo (porquê contas faseadas?)? Claro que é impossivel juntar esse valor num ano (afinal só recebemos 12+2 salários), nem metade, que seria equivalente a quase um ano de salários... Talvez tenha faltado aqui alguma explicação anterior que eu não li...

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  2. O meu foi calculado tendo em conta a Remuneração Mensal de 6 meses. Por ex: 705€*6 = 4230
    A par deste valor todos os meses coloco 35€ de forma automática noutra conta.
    O que sobrar nos diversos meses vai ficando na conta à ordem, quando tenho por ex 1000 ou 2000€ coloco a prazo nem que seja por 3 meses até ter mais algum e fazer uma conta maior... Há 22 anos que faço assim e apesar de ter estado quase 3 anos desempregada (a receber subsidio de desemprego em 22 e bolsa de formação em 9 desses 33 meses, houve 2 meses em que não recebi nada), não necessitei de mexer nas poupanças.

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  3. Olá Maria, gostei da publicação, gosto sempre quando mete estas estimativas de poupanças :))

    Mas porquê o 6 e os 12 meses? o fundo de emergência (como começaste a dizer, dizem muitos entendidos que seriam pelo menos 3 meses de gastos), foste para os 3 meses de salário, até entendi. Mas depois não percebi os 6 e os 12 meses e a soma dos 3 níveis. É para quê? Te sentires mais confortável?

    Um beijinho e força, com calma e boas escolhas consegue-se :)

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