Bazar da Assalariada

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Viver com pouco # 17: o dinheiro traz felicidade?

 
Esta é uma pergunta que eu vejo frequentemente em blogues que falam de finanças pessoais.
Lembrei-me de partilhar a minha visão sobre esta questão:
para mim o dinheiro (e quando digo isto significa ganhar o valor que me permite pagar as contas de uma forma descomplicada, poupar todos os meses e ainda ter suficiente para viver, para passear, para jantar fora quando me apetece sem fazer muitas contas, pois tenho o futuro e as contas pagas) mais, do que felicidade, traz conforto e paz de espírito.
Sim, concordo que é uma felicidade e muito reconfortante não ter de fazer constantemente contas, mas na minha equação de felicidade o dinheiro não está propriamente em primeiro lugar. Ligo muito mais à saúde minha e dos meus, por exemplo. Se esse quesito estiver em ordem é ver-me feliz da vida. Comer uma porcaria volta e meia é coisa para me deixar feliz, feliz. E um bom desafio... ui... até os olhos me brilham!!
Eu nunca resolvi as minhas frustrações diárias, o meu stress com compras. Aliás se avaliar bem, no que toca a compras de roupa, por exemplo, até é algo que me stressaria ainda mais (e também nunca houve propriamente dinheiro para isso :-) ).
É certo que falo aqui muito de poupanças e estratégias para poupar mais, mas é porque é um tema que me interessa ler e estudar, como me interessa ler e estudar sobre tantos outros temas como crafts, moda, leitura, etc.
É certo que mudo constantemente de sistema de poupança, mas no fundo, mais não são do que desafios para mim própria, para me ajudar a sair da minha zona de conforto. Opto por partilhar num blogue porque me mantém atenta e interessada, mais nada.
Ao contrário do que possa parecer dou menos importância ao dinheiro do que parece. É obvio que sou ambiciosa e gostava de ganhar mais, mas apenas porque isso me permitiria mais rapidamente cumprir uns quantos sonhos. É óbvio que gostava de ter mais dinheiro na poupança porque em caso de doença é um facto que isso abre portas, por exemplo.
Agora, não tenho problema nenhum em esvaziar a minha poupança, por exemplo, para uma emergência ou para gastar com um familiar ou para ir passear.
Poupo para gastar. Se é a mim que me sai do pelo todos os dias, também tenho de ser eu a gozá-lo. Trabalho para viver e não o contrário.
Até porque não faltam exemplos de pessoas a quem dinheiro não faltava, que na teoria tinham tudo para ser felizes, optaram por pôr termo à vida por exemplo (em junho assistimos a casos desses!) E agora pergunto que lhes valeu o dinheiro? Não morreram igual aos outros? Não é essa a única certeza que temos na vida? E não é verdade que nós vamos e ele cá fica para o Estado?
Assim se calhar é melhor sermos nós a ganhá-lo e a gastá-lo!
Agora também não sou apologista de chapa ganha, chapa gasta! Até porque não sabemos o dia de amanhã! E as dívidas não se pagam sozinhas! No meio termo é que está bem!
 

2 comentários:

  1. Na parte da saúde também concordo. Nada melhor que os nossos estarem bem. E também não deixa de ser verdade que se houver dinheiro, face a uma situação de doença, por vezes facilita em muito a situação.


    O dinheiro não traz felicidade, traz segurança face a algumas situações (como descreves, estar descansada porque consegues pagar as contas a tempo e horas).


    Beijinho :)

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    1. Exatamente traz segurança e poupa-nos imensas dores de cabeça! :-)

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